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quinta-feira, 10 de maio de 2012

QUEM É A MÃE CIGANA

TEXTO DE MIRIAM REGINA, TERAPEUTA DO ESPAÇO RHAROMASY DE TERAPIAS COMPLEMENTARES.








QUEM É A MÃE CIGANA 

Os ocidentais e os não-ciganos em geral conhecem os ciganos principalmente pela figura da cigana. O arquétipo da mulher misteriosa, bela, envolvente e sedutora - os não-ciganos (gadjos) adoram ressaltar sempre a sensualidade da cigana deixando-se levar pelo referencial fantasioso amplamente divulgado
principalmente pela literatura clássica. Mas cigana é mulher e toda mulher é mãe.

FATO: Mãe é santa em qualquer cultura. Todo mundo tem mãe. 

COMO É A MÃE CIGANA? O papel da mulher é essencial numa sociedade que aos nossos olhos não-ciganos é muito machista. Mulher/mãe/filha, a presença feminina é a alma dessa sociedade extremamente apegada aos valores familiares. À mulher cigana cabe o papel de se relacionar simbolicamente com as sociedades dominantes, carregando a imagem que afirma e garante a sobrevivência da identidade do grupo: ela é sempre a cigana, identificada principalmente por suas roupas, que aparece como senhora da magia e dos mistérios, marcas da cultura a qual pertence. Em seu corpo ela carrega os principais valores e expectativas do grupo: virgindade/fertilidade, fidelidade às tradições e assume a responsabilidade tanto pela reprodução física da colônia como por sua reprodução simbólica.

Vamos conhecer um pouco agora sobre esta mulher, ambiguamente comum e fascinante, em seu papel de mãe. Boa leitura.


Não poderíamos começar com outra que não fosse a MÃE DOS CIGANOS - Santa Sara Kali, a personificação da feminilidade cigana: corajosa, generosa,religiosa, bondosa. Leia aqui a lenda de Santa Sara.

Para a mulher cigana (e para toda a nação cigana), Santa Sara é protetora, guia, consoladora. Ícone da mãe cigana, a ela recorrem todas as mulheres buscando auxílio em tudo, principalmente na esperança da virtude da fertilidade pois para uma cigana, tornar-se mãe é benção, motivo de orgulho e porque não dizer, poder. Uma mulher sem filhos é "um ventre seco", como terra infértil essa condição é encarada como maldição ou um castigo, tristeza e  até rejeição são 
companheiras da infeliz mulher que não foi abençoada com a fertilidade; a pior praga que se pode rogar a uma mulher cigana é desejar que ela não tenha filhos.



POR QUE SER MÃE É TÃO IMPORTANTE?

Para a mulher cigana o milagre mais importante é ter filhos, quanto mais filhos tiver mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu clã. Tradicionalmente os casamentos já são combinados pelas famílias quando as crianças nascem e é comum as meninas casarem-se  aos 11 ou 12 anos, isto é, quando atingem a puberdade. Atualmente, casam-se até os 17 e são consultadas se aceitam ou não o casamento, o que era impensável até certo tempo atrás. Tanto casamento como nascimento são comemorados com grande alegria por toda a comunidade pois significam a perpetuação da raça. O povo cigano é forte em si mesmo, "o povo sem pátria" não precisa de pátria pois sua força é sua cultura, sua união; sua pátria é sua grande família, a perpetuação do sangue, da chama que alimenta a vida, a unidade. 








 POR QUE SER MÃE É TÃO IMPORTANTE?

Para a mulher cigana o milagre mais importante é ter filhos, quanto mais filhos tiver mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu clã. Tradicionalmente os casamentos já são combinados pelas famílias quando as crianças nascem e é comum as meninas casarem-se  aos 11 ou 12 anos, isto é, quando atingem a puberdade. Atualmente, casam-se até os 17 e são consultadas se aceitam ou não o casamento, o que era impensável até certo tempo atrás. Tanto casamento como nascimento são comemorados com grande alegria por toda a comunidade pois significam a perpetuação da raça. O povo cigano é forte em si mesmo, "o povo sem pátria" não precisa de pátria pois sua força é sua cultura, sua união; sua pátria é sua grande família, a perpetuação do sangue, da chama que alimenta a vida, a unidade.





 A PERSONIFICAÇÃO DA GRANDE DEUSA - a mãe na família cigana é a estabilidade, o referencial. O equilíbrio da estrutura familiar depende de seu próprio equilíbrio. Todos contam com ela e a ela recorrem. É para ela que o esposo retorna após o dia de trabalho buscando aconchego e ela lhe põe o prato e observa enquanto ele se farta do alimento como se fosse um presente - e ela enxerga assim. Nas festas ela dança enquanto ele a observa, orgulhoso de sua virtuosa esposa. Mãe muito carinhosa - sempre com um filho no colo, extremamente cuidadosa com os filhos e com o lar, dela são cobradas as atitudes corretas de seus filhos. Ter um filho rebelde significa que ela não soube educar, não passou os valores necessários para adaptação da criança ao grupo. Muito amada e respeitada por todos, seus filhos devem sempre acatar suas decisões, principalmente a menina que deverá reproduzir todas as virtudes de sua mãe. Como não cigana, creio que a relação de respeito com a mãe e com tudo o que ela representa (a preservação dos valores ciganos) é que faz a pequena cigana aceitar a imposição de um casamento (mesmo que não desejado) para não expor sua mãe a um julgamento desnecessário. Foi passando os valores de mãe para filha que essa rica cultura resistiu até os dias de hoje, quase intocada, guardada com tanto cuidado como a virgindade de suas filhas.

 




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